As Escolas Normais Superiores anexas às Faculdades de Letras e Ciências das universidades de Coimbra e Lisboa, criadas e regulamentadas em 1911 (decretos de 19.04.1911 e 21.05.1911), escolas de aplicação que formavam professores para o ensino secundário, foram extintas pelo Decreto n.º 18973, de 16.10.1930, da Ditadura Militar. Foram, então, criadas as Secções de Ciências Pedagógicas das faculdades de Letras e os liceus normais, um em Lisboa e outro em Coimbra. A formação dos professores liceais passa, desta forma, a realizar-se a três tempos independentes: licenciatura académica por uma escola do ensino universitário (ou melhor dizendo, pelas faculdades de Letras ou Ciência e pelas escolas superiores de Belas-Artes), aprovação do curso de Ciências Pedagógicas (secção das faculdades de Letras) e realização de Estágio Pedagógico (com exame de estado) não remunerado e em total dedicação, ao longo de dois anos curriculares, num liceu normal (que em 1957 passa a contemplar um terceiro, no Porto). Esta solução para a formação dos docentes do ensino liceal, que segundo as autoridades era, em 1930, um modelo provisório (centralizado, logocêntrico, sexista e em dedicação exclusiva sem direito a remuneração), manter-se-á em vigor até 1969. A partir deste ano, face à falta de professores profissionalizados, o Estágio Pedagógico passou a ser remunerado, a realizar-se em vários liceus da rede pública e a sua duração foi reduzida a um ano.
Estágio Pedagógico (com Exame de Estado)
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