Leanete Thomas Dotta
As Escolas Superiores de Educação (ESE) foram criadas em 1979 pelo Decreto-Lei nº 513-T/79, integradas no Ensino Politécnico. Com uma rede inicial de 15 instituições, as ESE foram concebidas para descentralizar a formação docente, apoiar o desenvolvimento educativo regional e promover a qualificação de professores. O projeto passou por três fases: Entre 1977 e 1979, foram definidos os programas pedagógicos, objetivos formativos e infraestrutura necessária. Paralelamente, foi elaborado um plano para formar os docentes das ESE, com articulação entre universidades nacionais e internacionais, ao nível de mestrado. Na segunda fase, até 1984, ocorreram as ações previstas no âmbito da formação dos formadores, construção das escolas e aquisição dos equipamentos. Na terceira fase foram desenvolvidos os projetos das escolas, tendo sido a ESE de Viseu a primeira no início dos anos 1980. As demais iniciaram em meados da mesma década.
Inicialmente, as ESE ofereciam o grau de bacharel em educação pré-escolar e ensino primário. A partir de 1986, foram autorizadas licenciaturas de quatro anos, permitindo acesso ao 1º ciclo e a áreas específicas do 2º ciclo do ensino básico. A década de 1990 foi marcada pela expansão do ensino superior, movimento igualmente vivido nas ESE, tendo sido aumentada significativamente a sua capacidade formativa, atendendo à crescente procura por formação inicial. Com o Processo de Bolonha, em 2006, as ESE passaram a oferecer ciclos de estudo integrados com mestrados profissionalizantes, especialmente na formação de professores.
Fonte principal: Bettencourt, A. M. (2002). As escolas superiores de educação em Portugal: Missões e desafios. TEIAS: Revista de Educação, 3(6), 1-12.
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