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Escola Cultural

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O conceito de Escola Cultural foi cunhado por Manuel Patrício e dizia respeito a uma ideia de Escola Pluridimensional que colocava como objetivo primeiro a ideia de formação dos sujeitos humanos em toda a sua plenitude de possibilidades – cognitivas, estéticas, físicas, éticas – e considerava a Escola como a agente promotora, por excelência, dessa pluridimensionalidade.

No debate que opôs a Comissão de Reforma do Sistema Educativo e o Grupo de Trabalho, que depois definiu, efetivamente, as alterações legislativas que viriam a culminar no decreto 286/89, a proposta da Escola Cultural assentava num modelo mais abrangente e alargado de Escola. O conceito de Escola Cultural operacionalizava-se em múltiplas dimensões, a saber: (i) a dimensão letiva, realizadora da função social de transmissão, compreendendo as disciplinas obrigatórias do currículo centralmente definido; (ii) a dimensão extra letiva, realizadora da função de criação, e de que os clubes escolares eram o lugar por excelência; (iii) a dimensão interativa, que articula as duas dimensões anteriores e se operacionaliza em projetos; (iv) a dimensão ecológica, que corresponde a uma síntese das dimensões anteriores e operacionaliza a vocação transformadora da escola, transformadora de si mesma e da comunidade educativa. Cerca de 400 Escolas adotaram o modelo de Escola Cultural entre os anos de 1988 e 1993.

Ferreira Patrício, Manuel (1995). A Questão Metodológica à Luz da Escola Cultural. In Adalberto Dias de Carvalho (Ed.), Novas Metodologias em Educação (pp. 9-22). Porto Editora.

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