Os primeiros trabalhos desenvolvidos a partir da ideia de fundir, num único ciclo de estudos, os dois primeiros anos curriculares do ensino secundário técnico (ciclo preparatório) e liceal (1º ciclo), datam de março de 1958, quando o ministro Francisco Leite Pinto nomeou para esse fim uma comissão de estudo. A ideia de formar um ciclo de estudos pós-primários unificado que permitisse a continuação dos estudos a nível do ensino secundário rumo à universidade, o desmantelamento das diferenças socio curriculares entre os liceus e escolas técnicas e a extinção dos exames de admissão aos dois ramos do ensino secundário foi, do ponto de vista legal, preparada pela extensão da escolaridade obrigatória para seis anos em 1964 e confirmada pelo Decreto-Lei nº 47.430, de 2 de janeiro de 1967. O CPES entrou em funcionamento no ano letivo de 1968-1969 e foi implementado através de duas modalidades distintas: uma direta e outra por meio audiovisual. A primeira designou-se ciclo preparatório direto (em regime presencial dos professores), a segunda de ciclo preparatório da telescola, ciclo preparatório TV ou simplesmente Telescola. Em inícios da década de 1970, 25% dos docentes do CPES era subqualificada do ponto de vista académico (bacharéis ou com menor grau académico) e cerca de 45% não tinham qualquer formação pedagógica. Com a aprovação da Lei de Bases do Sistema Educativo, em 1986, o CPES passou a designar-se por 2.º ciclo do ensino básico.
Ciclo Preparatório do Ensino Secundário
« Back to Glossary Index